O que eu penso quando sinto medo social
Suar frio em reunião.
Gaguejar no meio da frase.
Sentir o coração disparar só por estar numa roda de conversa.
Eu vivi isso por ANOS.
E tentei de tudo: pensar positivo, repetir frases prontas, fingir segurança…
Até entender que o problema não era o medo.
Era o que eu achava que o medo significava.
O medo não é fraqueza.
O medo é memória.
É o corpo dizendo: “da última vez que você foi visto, doeu.”
Então hoje, quando o medo aparece, eu não luto com ele.
Eu penso:
“Eu posso me sentir assim… e ainda assim, estar seguro.”
“Eu não preciso ser perfeito pra ser inteiro.”
“Minha presença não está em julgamento.”
“Eu não estou em teste.”
E se alguém me julgar…
Tudo bem: não tenho controle sobre isso.
De qualquer modo, só eu posso me definir.
O medo ainda vem.
Mas agora, eu ando com ele.
E não deixo ele me controlar.