O arquétipo do romântico (também chamado de arquétipo do amante – mas não no sentido ruim) é uma figura que encarna a paixão, o desejo profundo de conexão e a entrega emocional completa.
Ele simboliza a busca por um vínculo sincero e a fusão de almas, onde o amor se torna uma experiência transcendental.
Mas, como todos os arquétipos, o amante tem sua versão distorcida: o cafajeste.
O cafajeste é o amante corrompido, aquele que transforma o amor em jogo: onde a conquista é um fim em si mesma.
Ele não busca a conexão genuína, mas sim, a satisfação somente de si mesmo e o prazer momentâneo.
Para o cafajeste, a intimidade é superficial, e a sedução amorosa é apenas mais uma ferramenta de manipulação.
É aqui que o(a) narcisista revela sua verdadeira face: ele se apresenta como o(a) amante perfeito, com gestos aparentemente românticos e palavras com promessas de eternidade.
Mas, por trás dessa máscara encantadora, está alguém que vê o amor como um campo de batalha: o narcisista não deseja compartilhar o amor, mas sim, controlar e submeter.
Assim como o cafajeste, ele seduz para depois abandonar.
No caso das mulheres, essa distorção se manifesta na figura da mulher promíscua.
Ela usa o poder da sedução e do sexo para manipular, criando laços rasos – mas aparentemente profundos – que alimentam sua necessidade de dominação e de suprimento narcísico.
Essas figuras não conhecem a verdadeira entrega; vivem à sombra do medo e da insegurança.
O(a) narcisista, assim como o cafajeste ou a mulher promíscua, são incapazes de construir uma relação verdadeira.
Eles se envolvem não para amar, mas para alimentar seus egos. É um jogo em que só interessa a próxima conquista sexual.
É vital reconhecer essa distorção, pois o narcisista nunca se tornará o amante ou romântico que aparenta ser.
O verdadeiro amante não manipula; ele nutre, cuida e valoriza a profundidade do relacionamento.
É nesse cuidado e respeito mútuo que reside o amor autêntico, distante das sombras do egoísmo e da manipulação.