O arquétipo do herói é uma figura poderosa e inspiradora.
Representa coragem, força, e a jornada do indivíduo que supera obstáculos em busca de um bem maior.
Em sua essência, o herói é um símbolo de luz, justiça e superação.
No entanto, como todos os arquétipos, ele tem sua contraparte sombria: o vilão.
O vilão é o herói distorcido: é o reflexo de seus maiores medos e fraquezas.
Enquanto o herói busca a glória pela virtude, o vilão deseja poder a qualquer custo, manipulando e destruindo quem se opõe ao seu caminho: é aqui que o narcisista encontra seu playground perfeito.
O narcisista se apresenta inicialmente como o herói.
Com charme, carisma e promessas de proteção e redenção, ele nos atrai para sua narrativa épica.
Mas, como todo vilão, o que ele realmente deseja é controle e bajulação.
Sua versão do herói não é altruísta, mas sim EGOÍSTA.
O narcisista manipula o arquétipo do herói para criar dependência emocional.
Ele se posiciona como o único capaz de nos resgatar, enquanto maliciosamente e sutilmente nos prende em sua teia de mentiras e ilusões.
No fundo, o narcisista é um vilão, preso em uma visão infantil do mundo, onde ele é o centro de tudo e todos devem girar ao seu redor.
A verdade é que o narcisista não pode ser herói porque lhe falta a nobreza de espírito e a bondade genuína, sem esperar nada em troca. Ele interpreta o papel de herói apenas para alimentar seu ego e para subjugar aqueles que o cercam.
No final das contas, o narcisista não busca salvar, mas sim, dominar.
Lembre-se: você está sendo salvo ou dominado? Se libertando ou se prendendo?
Para escapar da manipulação narcisista você precisa se dar conta dessa diferença.
O verdadeiro herói não é aquele que clama por glória, mas sim, aquele que age com compaixão e humildade, sem a necessidade de ser visto como tal.